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  • Gita in Portuguese

    Chapter 17

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    FÉ TRÍPLICE

    Arjuna disse: qual é o modo de devoção daqueles que realizam práticas espiritual com fé, mas que não seguem as injunções escriturais, Ó Krishna?, isto está no modo da bondade, paixão ou ignorância? (17.01).

    TRÊS  TIPOS DE FÉ

    O Senhor Krishna disse: a fé natural nos seres incorporados é de três tipos; bondade, paixão e ignorância. Agora ouça de Mim sobre elas (17.02).

    Ó Arjuna, a fé de cada um está de acordo com a própria natureza de cada um, sendo governada pelas impressões kármicas. Conhecemos alguém por sua fé. Podemos nos tornar o que queremos ser, se contemplarmos constantemente naquilo que se desejar com fé (17.03).

    Se pode alcançar o sucesso, em qualquer esforço, se perseverarmos com firme determinação (MB 12.153.116). Qualquer coisa que a pessoa com a mente purificada de desejo quiser, conquistará (MuU 3.010.10). O fazedor de boas ações torna-se bom, e o que faz más ações se torna mau. Alguém se torna virtuoso pela virtude que faz, e vicioso por seus atos viciosos (BrU 4.04.05). Uma pessoa se torna aquilo que constante e intensamente pensa, independente das razões, assim como sua inclinação, medo, inveja, amor ou mesmo ódio (BP 11.09.22). Você sempre consegue aquilo pelo qual procura – a consciência u ]ou inconsciência. Os pensamentos produzem ação, e a ação se torna hábito, e os hábitos conduzem ao sucesso de qualquer esforço, quando ele se torna paixão. Tornando-se desejoso sobre o que você quer alcançar, então, você irá alcançar isto. A paixão traz para fora as forças adormecidas dentro de nós.

    Nós somos produtos de nossos próprios pensamentos e desejos, e nós somos nossos próprios arquitetos. Os pensamentos criam o nosso destino. Nós nos tornamos no que pensamos. Existe um tremendo poder nos nossos pensamentos para atrair energias positivas ou negativos ao nosso redor. Aonde há um desejo, ali há um caminho. Nós devemos nos refugiar nos pensamentos nobres porque os pensamentos antecedem as ações. Os pensamentos controlam nossos corpos físico, mental, espiritual, financeiro, bem como bem-estar. Jamais permita qualquer pensamento negativo ou desconfiança entrar. Nosso temos tal ironicamente nós falhamos em usá-lo.  Se você não possui o que você quer, você não está comprometido com ele em um por cento. Você é a causa de tudo o que acontece com você. Você não deve esperar uma vida muito melhor se você não der a você o melhor.o sucesso é adquirido por uma série de bem planejados passos, feitos lenta persistentemente. Stephen Covey disse: “o melhor caminho para predizer o futuro é criá-lo”. Cada grande realização, uma vez foi considerada impossível. Nunca subestime o poder e potencial da mente humana e do espírito. Muitos livros têm sido escritos e programas motivacionais desenvolvidos para a aplicação prática do poder deste simples mantra do Gita.  

    As pessoas no modo da bondade adoram os controladores celestes; os que estão no modo da paixão adoram os controladores sobrenaturais e os demônios, e aqueles que estão no modo da ignorância adoram os fantasmas e os espíritos (17.04).

    As pessoas ignorantes, de natureza demoníaca, são aquelas que praticam severas austeridades sem seguir as prescrições das escrituras, que estão cheias de hipocrisia e egoísmo, que são impelidas pela força dos desejos e apegos,  e que de forma insensata torturam seus corpos e também a Mim que resido dentro de seus corpos (17.05-06).

    TRÊS TIPOS DE ALIMENTOS

    O alimento preferido por todos nós é também de três tipos. Assim são o sacrifício, a austeridade e a caridade. Ouça agora a distinção entre eles (17.07).

    Os alimentos que promovem a longevidade, a virtude, a força, a saúde, a alegria, e que são gostosos e suculentos, macios, substanciais e nutritivos estão no modo da bondade. As pessoas que gostam deste alimentos estão no modo da bondade (17.08).

    Devemos comer os alimentos para proteger e sustentar a vida, assim como um paciente toma remédios para proteger-se de usa doenças (MB 12.212.14). Não importa o que uma pessoa coma, a sua deidade pessoal come o mesmo (VR 2.104.15). Veja, também, o Bhagavad-gita 8.24. Porque, Eu sou Vós e vós sois Eu (BS 3.3.37). O alimento que nós comemos é divido em três constituintes. A parte grosseira transforma-se em fezes; os componentes médios transformam-se em gordura, sangue, medula e ossos. O Sêmen, a parte sutil, sobe e alimenta o cérebro e os órgãos sutis do corpo, unindo-se a força vital (ChU 6.05.01 – 6.06.020). O alimento é chamado de raízes da árvore do corpo. Um corpo e uma mente saudáveis são os pré-requisitos para o sucesso na vida espiritual. A mente será saudável se o corpo for saudável. As pessoas no modo da bondade gostam de alimentos vegetarianos. Alguém pode também tornar-se uma pessoa nobre por tomar alimentos vegetarianos, porque nos tornamos naquilo que comemos.        

    As pessoas no modo da paixão gostam de alimentos que são muito amargos, azedos, salgados, picantes, secos e ardentes, e causam dor, sofrimento e doença (17.09).

    As pessoas no modo da ignorância gostam de alimentos que são rançosos, pútridos, podres, restos, e impuros (semelhante à carne e o álcool) (17.10).

    A pureza da mente vem da pureza do alimento. A verdade é revelada para uma mente pura. Fica-se livre de todo o cativeiro após conhecer a verdade (ChU 7.26.02). Apostas, intoxicação, sexo ilícito e o ato de comer carnes é uma tendência negativa natural dos seres humanos, mas o abster-se destas quatro atividades é divino. Deve-se evitar estes quatro degraus do pecado (BP 1.17.38). Abster-se de comer carnes é equivalente a realização de milhares de sacrifícios sagrados (MS 5.53-36).

    TRÊS TIPOS DE SACRIFÍCIOS

    Os Sacrifícios impostos pelas escrituras, e realizados sem o desejo pelos frutos, com uma firme crença e convicção que ele é uma obrigação, está no modo da bondade (7.11).

    O sacrifício que é realizado apenas para mostrar e tem em vista os frutos, está no modo da paixão, Ó Arjuna (7.12).

    O sacrifício que é realizado sem seguir as escrituras, no qual não se distribui alimentos, e é destituído de mantra, fé e presentes, diz-se que está no modo da ignorância (17.13).

    Uma disciplina espiritual ou sacrifício é incompleto sem um mantra, e um mantra é incompleto sem uma disciplina espiritual (DB 7.35.60).

    AUSTERIDADERS EM PENSAMENTOS, PALAVRAS E AÇÕES

     A adoração dos controladores celestes, o sacerdote, o guru, e o sábio; pureza, honestidade, celibato, e não-violência – estes são ditos como sendo austeridade de ação (17.14).

    O discurso que não é ofensivo, verdadeiro, agradável, benéfico, e é usado para a leitura regular em voz alta das escrituras é chamado de austeridade da palavra (17.15).

    O caminho da verdade é o caminho do progresso espiritual. Os Upanishads dizem: apenas a verdade vence, não a inverdade. A verdade é o caminho divino pelo qual os sábios, que estão livres dos desejos, acendem à Suprema Morada (Um 3.01.06). Ser verdadeiro é o desejável. Falar o que é benéfico é melhor do que falar a verdade. Esse que traz um grande benefício para a pessoa é a verdade real (MB 12.329.13). A real verdade é a qual produz o máximo de benefício para a pessoa. O que causa danos a uma pessoa de qualquer modo é falso e errado – embora isso possa aparentar ser verdadeiro num primeiro momento (MB 3.209.04). Pode-se mentir para proteger a verdade, mas não se deve falar a verdade para proteger uma mentira.

    Uma pessoa sábia fala a verdade se ela é benéfica, e fica quieta se ela causa danos. Devemos falar a verdade benéfica se ela for agradável ou desagradável. Palavras de conforto não-benéfico, como as bajulações, devem ser evitadas (VP 3.12.44). Uma fala agradável é benéfica para todos. Aquele que fala palavras agradáveis ganha o coração de todos e é querido por todo o mundo (MB 12.84.04). o ferimento infligido por palavras ásperas é muito difícil de curar. O sábio jamais deve causar sofrimento, machucando de forma semelhante os outros (MB 5.34.80). A doçura das palavras e a calma da mente são as marcas de um yogi verdadeiro (Swami Atmananda Giri). Alguém talvez minta – se isso tornar-se absolutamente necessário – para proteger a vida, a propriedade, e a retidão (Dharma); durante o namoro, e para conseguir um casamento (MB 12.109.19). O marido e a sua esposa devem tentar melhorar e ajudar o desenvolvimento um do outro com o frágil cuidado amoroso, como uma vaca purifica seu bezerro lambendo-o. Suas palavras e um para com o outro devem ser doces, como se fossem mergulhadas no mel (AV 3.30.01-02). 

    A verdade está na raiz de todas as nobres virtudes. Deve-se oferecer o pilão da manteiga da verdade com uma proteção prazerosa de cobertura de açúcar.  Use de sinceridade com cortesia e evite a lisonja. Fale sempre o que é benéfico, verdadeiro e doce. De acordo com a Bíblia: não é o que sai da boa que faz alguém sujo; mas especialmente o que sai dela (Mateus 15.11). O falar é reflexão verbal da personalidade de alguém, seu pensamento e sua mente; portanto, nós preferimos o silêncio do que qualquer coisa negativa. A abstinência de palavras que causam danos é muito importante.   

    A austeridade de pensamentos inclui a serenidade da mente, suavidade, tranqüilidade, auto-controle, e pureza de pensamentos (17.16).

    TRÊS TIPOS DE AUSTERIDADE

    O que foi mencionado acima, tríplice austeridade (de pensamentos, palavras e ações), é praticado pelos yogis com fé suprema sem o desejo pelos frutos, e é dito que está no modo da bondade (17.17).

    A não-violência, verdade, perdão, bondade, e controle da mente é dos sentidos é considerado austeridade pelo sábio (MB 12.79.18). Não pode ser puro de palavras ou de ações sem se ser puro de pensamentos.

    A austeridade que é feita para ganhar respeito, honra, reverência, ou com o propósito de mostrar proveito, em resultados incertos e temporários, é dito que está no modo da paixão (17.18).

    A austeridade realizada com imprudente teimosia ou com a tola auto-tortura ou para causar danos nos outros, é dito que está no modo da ignorância (17.19).

    TRÊS TIPOS DE CARIDADE

    A caridade que é dada no lugar e tempo corretos, como uma matéria de obrigação, para um merecido pretendente, que nada quer de retorno, é considerada como sendo no modo da bondade (17.20).

    A caridade no modo da bondade é mais purificante, benéfica, e um ato justo. Ela igualmente tanto qualifica o que dá como o que recebe (MB 13.120.16). Se você der uma caridade ou um presente, vigie-se a si próprio, dando atenção aos seus motivos velados; não procure por qualquer coisa de retorno. Nunca se faz alguma coisa para os outros, mas para o nosso próprio benefício. Mesmo o trabalho em caridade feito para os outros é, realmente, feito para o seu próprio bem (MB 12.292.010). É o doador e não o recebedor quem é abençoado. Yogiraj Mumtaz Ali disse: “Quando você serve uma pessoa menos afortunada de qualquer modo – material ou espiritual – você não está fazendo um favor para ela ou ela. De fato, aquele que recebe a sua ajuda faz para você um favor, pelo aceitar o que você dá, ajudando a você através disso, para desenvolver e movê-lo para mais próximo da divina, e feliz ser, que na realidade está dentro de todos.

    A caridade que é dada desnecessariamente – compelida pela ambição de nome ou fama – produz grande dano para aquele que recebe. A caridade imprópria tanto danifica o doador como o receptor (MS 4.1846). Dê qualquer coisa que você possa – amor, conhecimento, ajuda, serviço, oração, alimento, mas não procure nenhum retorno. Amor – a caridade mais barata – segura as chaves para entrar no reino de Deus. Esta caridade não é apenas a melhor, mas também o único uso da riqueza. Portanto, todo o verdadeiro pedido por caridade deverá ser tratado com delicado cuidado e diplomacia, porque a caridade negada pode criar um sentimento negativo que é nocivo.  

    A caridade não possui valor se o dinheiro é conseguido por meios errados (MB 5.39.66). Obtenção da riqueza por méritos ou doações utilizando-se de meios errados é como sujar a vestimenta de alguém e depois lavá-las. Não sujar a roupa em primeiro lugar é melhor do que lavar a roupa depôs de sujá-la (MB 3.02.49). Você não pode efetuar uma coisa valiosa com meios inadequados. Fins e meios são absolutamente inseparáveis (Stephen Covey). Não é possível ajudar qualquer um dando coisas materiais e dinheiros. Rezar para o bem estar físico e espiritual dos outros, com problemas ou necessidade – incluindo para aqueles que não estão na sua lista de favoritos – é chamado de caridade mental. 

    A caridade que é dada de má vontade ou que tem em vista alguma coisa de retorno ou olha por algum fruto, é dito que está no modo da paixão (17.21).

    Jesus disse: quando você der alguma coisa para uma pessoa necessitada, não faça alarde disto, mas quando você ajudar a uma pessoa necessitada, faça isto de um modo que mesmo seus amigos mais próximos não saibam nada sobre isto (Mateus, 6.02-03). A caridade que é dada anonimamente é a melhor caridade. Para dar caridade para uma pessoa indigna, ou a uma causa, e não dar para uma pessoa digna, é tão ruim como não dar caridade. A caridade que é recebida sem que se tenha pedido por ela é a melhor; a caridade que é obtida quando se pede por ela está em segundo lugar; e a caridade que é dada sem vontade deve ser evitada.

    A caridade que é dada em tempo e lugar errados, por pessoas inadequadas ou sem o respectivo pagamento para receber, ou dado com zombaria, é dito que está no modo da ignorância (17.22).

    Leve em conta seus semelhantes e tenha compaixão com aqueles que são menos afortunados que você. A caridade deve ser dada sem humilhar quem a recebe. A caridade dada com humilhando quem a recebe destrói o seu doador (VR 1.13.33). Devemos sempre nos lembrar que Deus é tanto doador como recebedor.

    O TRÍPLO NOME DE DEUS

    Somente Deus é realidade – OM TAT SAT. As pessoas com qualidades divinas, os Vedas, e sacrifícios (ou serviço abnegado), foram criadas por Deus nos antigos tempos (17.23).

    Deste modo, os atos de sacrifício, caridade, e austeridade, prescritos nas escrituras, são sempre iniciados pelo pronunciar de qualquer dos muitos nomes de Deus (como OM, Amem, ou Allah), por aqueles conhecedores do Supremo (17.24).

    Os buscadores da salvação realizam vários tipos de sacrifício, caridade, e austeridade expressando: Ele é tudo ou TAT sem pedir nada em troca (17.25).

    A palavra “Verdade ou SAT”, é usada no sentido de Realidade e bondade. A palavra Verdade é também usada para um ato auspicioso, Ó Arjuna (17.26).

    Deus, Krishna, ou Cristo são também chamados de Verdade Absoluta.

    Fé no sacrifício, caridade, e austeridade também são chamados de Verdade. Serviço abnegado (livre de egoísmo e apegos) que têm como objetivo o Supremo é, na verdade, denominado de Verdade (17.27).

    O que quer que seja feito sem fé – quer seja feito com sacrifício, caridade, austeridade ou qualquer outro ato – será imprestável. Não tem valor aqui ou além, Ó Arjuna (17.28).